Procon encontra medicamentos com diferença de até 323% no preço em farmácias de Natal
30/05/2025
(Foto: Reprodução) Preço médio dos medicamentos registrou aumento acima do reajuste oficial anunciado pelo governo federal em março, segundo Procon. Prateleira de farmácia
Adobe Stock
Uma pesquisa do Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) encontrou medicamentos com diferenças de preço acima de 300% entre uma farmácia e outra em Natal (veja detalhes mais abaixo).
➡️ A pesquisa foi realizada entre os dias 9 e 23 de maio na capital potiguar e também apontou um aumento médio de 4,58% no preço dos remédios - 0,75% acima do reajuste oficial de 3,83% anunciado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e autorizado pelo governo federal em 31 de março.
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➡️ A pesquisa foi realizada em 45 estabelecimentos, considerando farmácias e drogarias das quatro regiões da cidade e incluindo grandes redes e pequenos comércios, tanto nas proximidades de hospitais quanto em bairros mais afastados do centro da cidade.
➡️ Segundo o Procon, das 45 farmácias, 33 apresentaram uma quantidade satisfatória de medicamentos para análise, ou seja, acima de 50% de uma lista composta por 29 medicamentos (sendo 8 genéricos e 21 de referência).
A pesquisa considera as seguintes categorias:
analgésicos;
antialérgicos;
antibióticos;
anticonvulsivantes;
antidepressivos;
antidiabéticos;
anti-hipertensivos;
anti-inflamatórios;
antiparasitários;
contraceptivos hormonais.
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Diferença de preço
Segundo o Procon, "o consumidor deve estar atento uma vez que foi verificado diferença nos preços dos medicamentos pesquisados quanto ao laboratório".
Isso porque alguns medicamentos apresentaram diferença considerável de preço nas farmácias e drogarias pesquisadas.
A maior diferença foi registrada no preço do anti-inflamatório Diclofenaco de Sódico – 100 mg com 10 comprimidos, de um mesmo laboratório, que chegou a ser encontrado por R$ 10,24 e por R$ 43,34 a depender da drogaria - uma diferença de 323%.
Houve diferença também ao ser analisado o mesmo produto de outro laboratório, apresentando diferença de 243%, com o maior preço de R$ 49,90 e o menor R$ 14,54.
"Portanto, o consumidor deve levar em consideração o laboratório de fabricação do medicamento, esse dado interfere diretamente no preço do produto na hora da compra", informou o Procon.
A diferença de preço, segundo o Procon, "foi encontrado em diversos medicamentos". Na análise, foram considerados os preços sem desconto oferecidos pelas farmácias.
No entanto, o Procon reforçou que na compra direta o consumidor pode obter descontos no momento do pagamento, que variam de acordo com a rede e o programa de fidelidade da farmácia.
Redução de preço em medicamentos
Segundo o Procon, apesar do aumento médio em um ano, três medicamentos apresentaram redução de preço em comparação a quanto custavam no mesmo período de 2024:
Allegra 60 mg – preço médio: R$ 43,93 (redução de R$ 3,36);
Diupress 25 mg – preço médio: R$ 30,64 (redução de R$ 1,44); e
Diclofenaco Sódico 100 mg – preço médio: R$ 16,18 (redução de R$ 4,08).
Orientação ao consumidores
O Procon Natal reforça que o objetivo da pesquisa é informar a população sobre onde encontrar medicamentos com preços mais acessíveis.
Além disso, orientou os consumidores sobre a diferença entre os medicamentos:
medicamento de referência possui marca registrada, qualidade, eficácia terapêutica e segurança comprovadas por testes científicos e registrados pela Anvisa;
medicamento similar, que é produzido após o vencimento da patente do medicamento de referência, possui nome de marca, qualidade, eficácia e segurança comprovadas, e também é registrado pela Anvisa.
➡️ As planilhas completas com dados de preços, médias, variações e endereços dos estabelecimentos pesquisados podem ser vistas no site do Procon.
⚠️ Qualquer denúncia pode ser feita na sede do Procon Natal, localizada na Rua Ulisses Caldas, 181 – Cidade Alta – Natal/RN, apresentando nota fiscal ou pelo e-mail, procon.natal@natal.rn.gov.br.
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